Olha o que eu achei, uma crítica da época do lançamento do longa "Amor, estranho amor".
O texto deixa claro que o filme erótico da Xuxa não é bem assim tão da Xuxa.
Eu já acho o filme estranho a partir do nome.
Apesar de hoje, as pessoas conhecerem o cineasta pela película com a Xuxu, diz no texto que outros filmes foram melhores. Diz também que o filme tinha por base a atuação e enredo dos protagonistas, Vera Fischer e Tarcísio Meira.
Xuxa só é citada como participante do elenco, nada de referência a ela como estrela, fato só evidenciado anos mais tarde com o retumbante sucesso da loira.
E com isso ela samba na cara de quem ousa apresentá-la como algoz da retirada de um clássico do cinema nacional.
Anda correndo pela net uma notícia que fala sobre a preferência por "Xuxa e os Duendes 2" perante outros filmes do mercado nacional exibidos nos canais a cabo HBO, foram 51 exibições em 2010 contra 46 do segundo colocado.
O relatório é da ANCINE e numa lista dos primeiros colocados, Xuxa mostra que continua na preferência do público, pois ainda constam, ""Xuxinha e Guto Contra Os Monstros do Espaço", com 28 exibições; "Xuxa e o Tesouro Da Cidade Perdida", com 27 exibições; e "Xuxa em Sonho de Menina", que foi ao ar 25 vezes.
Procurando por algo em meus registros lembrei de uma matéria publicada em VEJA, de 14 de agosto de 1991, também naquela ocasião, Xuxa já era a preferida pelo público.
VEJA aponta que o filme "Lua de Cristal" era destaque tanto no cinema como no lançamento em VHS, o correspondente aos canais a cabo da época, uma vez que ter videocassete em 1991 não era tão comum, como ocorre hoje com a TV por assinatura.
O relatório mostra uma Xuxa desinibida, fazendo frente aos blockbusters americanos, e só não está representando o mercado nacional sozinha porque tem seu velho amigo Renato Aragão encabeçando o quinto colocado na lista.
Faz alguns meses eu descobri esse curta, estou com vontade de assisti-lo mas não sei como.
Estou à espreita!
Recentemente o filme participou da 10ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, mas essa não fora a primeira imersão do curta em eventos do tipo.
No filme, uma menina com padrão social estável acalenta o sonho de quase todas as meninas de sua época, ser Paquita, porém é negra!
Deixando claro, que não havia critério de cor na escolha das Paquitas, como lembro, a questão é que, em sua idéia inicial Paquitas seriam uma espécie de mini-Xuxas, daí a opção por loirinhas.
Cores e Botas discute os padrões estéticos discutidos pela mídia e sua influência na formação das crianças, padrões incoerentes com o povo brasileiro, tradicionalmente miscigenado, provocando também uma reflexão acerca da construção da auto-imagem da família negra.
Deixando claro que Cores e Botas é uma clara crítica ao universo idealizado e inatingível propagado ao qual as meninas negras estavam excluídas.
Jhenyfer Lauren, aos 7 anos, viveu o grande desfio de ser a personagem principal de “Cores e Botas”, e foi também a grande surpresa do filme.
O processo do casting foi longo, já que seu perfil era bastante específico: uma pequena menina negra, não-atriz e que contemplasse a personagem – a espontaneidade infantil era um pré-requisito básico. Foram meses de trabalho intenso na preparação para a filmagem. Foi um processo bastante íntimo e delicado, envolvendo ensaios, desenhos, e muita dança, visando a construção da relação familiar do filme e de Joana com o universo anos 80.
Ainda que a atriz Taís Araujo em nada tenha a ver com o filme, lembro de uma declaração sua de 2004 sobre esse mesmo tema:
Essa canção é especial e vai ser postada de forma diferente das outras que costumo colocar aqui.
Não comento música, mas com essa é diferente, lembro bem quando assisti o último "Xou", foi essa musica tocar e eu sair da sala para chorar escondida no banheiro.
Como eu ia ficar sem o meu programa preferido?
Diziam que a Xuxa ia embora do Brasil, ela negava, mas falavam mesmo assim.
Na minha cabeça de criança eu achava que não ia mais vê-la e daí veio a tristeza.
Bom lembrar disso.
Como diria a própria: "-Tenho saudade da inocência que a vida me tirou!"
Avançando até o futuro, procurando uma vez mais
Um lugar, de luz, de paz, na imensidão.
Uma estrela azul me guia, pra um lugar que eu nunca fui
E não pára de bater meu coração...
Descobrindo os novos ares, desta enorme capital,
Com tantos desafios pra enfrentar.
Tanta gente nesse paraíso, de cimento e de ilusão
E não pára de bater meu coração...
Sobreviveremos, a essa década mortal
E só mesmo o amor, vai nos libertar
Nem que tenhamos que viver, em uma nave espacial,
Sobreviveremos, sobreviveremos, pra recomeçar...
Quero que o meu coração não embargue a minha voz
E que as mãos não tremam ao me despedir...
Com vocês eu deixo um sonho, que é de doce, doce mel...
Sobreviveremos, a este mundo cruel...
Dividimos tantas coisas, mil momentos de emoção,
E aonde quer que eu vá eu vou lembrar.
Não encontro mais palavras, quando a gente cresce dói,
Em 2001 "Playboy" comemora 36 anos de atividade, sempre com com beldades da mídia estampadas de forma mais informal em suas páginas.
Outra sessão bastante curiosa da revista está na entrevista do mês. Lá os convidados são questionados e muitas vezes soltam pérolas pra lá de curiosas.
Xuxa contribuíra com duas entrevistas, cada uma em edições de anivérsário. A primeira consta de agosto de 1983, onde Ísis de Oliveira fora estrela maior, e a segunda fora em agosto de 1996, em que a capa foi a também linda, Maitê Proênça.
Em 1990, nas comemorações de 15 anos, ou seja, no debut de "Playboy", a sessão "Momentos Inesquecíveis" publicou uma série de relatos sob diferentes temas, e Xuxa fora contemplada na guia "Minha primeira vez".
Com seu nome ainda muito associado ao de Pelé no imaginário popular, as caricaturas dos dois mostra o entrosamento do casal.
Eu acho curioso quando recebo algum comentário, sempre avalio como as pessoas recebem as palavras que ponho por aqui, enfim, acho muito válido e tento compreender não só a boa mas também a crítica ruim.
Tenho recebido alguns comentários por e-mail dizendo que eu deveria postar as atividades diárias da Xuxa.
Mas eu acho que é justamente o contrário! Já tem tem alguns lugares bem legais fazendo isso, inclusive lá embaixo eu coloco uma lista desses locais, eu mesmo quando quero saber de algo corro lá e me atualizo.
Utilizo este espaço para diversão, escrevo sem compromisso com dia, ou quantidade de postagens, nem sei bem se agrado aos que leêm, mas escrevo.
E como quem acha que não vai mais ler nada curioso, e é por isso que eu aguardo a biografia não autorizada, acho um exemplar de 2009 do jornal "Gazeta de La Stampa" que se refere a uma história salpicada por Xuxa na entrevista dada à "Playboy" de anivésário de 1996.
Na entrevista de Xuxa ela relata o fato conforme foto abaixo, mas ela própria não diz o nome do militar:
E, segundo "La Stampa", o fato se deu mais ou menos assim:
Na edição Nº 141, da Gazeta de La Stampa, revelamos, conforme artigo do jornalista Roberto Porto (4/3/2009), a tentativa de investida do então presidente (nomeado, diga-se) João Baptista Figueiredo (aquele mesmo que disse em alto e bom som: "Prefiro o cheiro dos cavalos aos cheiro do povo") em relação a apresentadora Xuxa Meneghel.
João Baptista Figueiredo encontrava-se em Cleveland, estado do Ohio, USA, para uma avaliação da intervenção que sofrera no coração, em 1983. De repente ordena a um dos seus "ajudantes de ordens" que telefone para o Brasil e convidasse nada menos do que Maria da Graça (Xuxa) Meneghel para um show naquela cidade. Tratava-se, na verdade, de uma tremenda arapuca.
Xuxa, atendendo o chamado para o show, decolou do Brasil rumo a New York, onde fora se encontrar com o Pelé, cuja namoro já durava cinco anos. De NY Xuxa decolou para Cleveland, onde ficou hospedada num hotel cinco estrelas, reservado a ela pelo staff do então Presdiente.
De repente, depois de uma demorada espera, Xuxa já decidida a apanhas as malas e retornar a NY, se depara com o "ajudante de ordens", que fora até o hotel, e ele foi "curto e grosso": "Não vai haver show nenhum, é que o Presidente quer apenas um encontro íntimo contigo.
Xuxa não se fez de rogada nem amedrontada, virou as costas, tomou as malas e decolou imediatamente de volta a NY, onde contou tudo ao namorado Pelé.
Pelé, enfurecido feito uma fera, e não era pra menos, telefonou de imediato para um amigo jornalista e compadre, que trabalhava no Jornal do Brasil, e durante uma hora contou tudo o que havia acontecido. Naturalmente, o Brasil estava ainda sob a égide da "ditadura fardada", assim não publicou esse fato que, sem dúvida, ressoaria como um estrondoso escândalo envolvendo o então presidente da República do Brasil, nomeado, João Baptista Figueiredo.